sábado, 9 de junho de 2012

VIOLÊNCIA: Famílias pedem justiça após dois assassinatos em Taubaté


Foram velados e sepultados na tarde deste sábado (9), em Taubaté, os corpos dos dois entregadores que foram assassinados enquanto trabalhavam. Amigos e parentes de Chierre Vitor Alves, de 22 anos, estavam inconformados.

"Ele era trabalhador. Se tinha briga com alguém nunca comentou. Sempre estava ali todos os dias para trabalhar comigo. Hoje, eu não sei como eu vou trabalhar sem ele", disse a mãe, Rosilda dos Santos.

O jovem foi morto no fim da noite desta sexta-feira (8). Ele trabalhava com a mãe, em um comércio de lanches. O rapaz estava fazendo a entrega de um pedido no bairro Alto de São Pedro, quando foi assassinado com vários tiros. "Essa entrega que ele foi era cliente de muito tempo. Isso não foi assalto, foi uma execução. Eu quero justiça. Mandaram executar meu filho", afirmou Rosilda.


Credito: Reprodução / Rede Vanguarda
Chierre Alves (esquerda) e Marco Aurélio Vaneli (direita) vítimas da violência em Taubaté
Outra morte

Duas horas antes, outro entregador foi morto, no bairro Campos Elíseos. Marco Aurélio Vaneli, de 42 anos, era funcionário do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Taubaté, e nas horas vagas trabalhava numa pizzaria.

Por volta das 20h30, ele levou dois tiros de um homem, que passou em uma moto. No velório, parentes e amigos da vítima prestaram as últimas homenagens, mas ninguém quis falar sobre o crime.

De acordo com a polícia, em ambos os casos, as vítimas não tinham antecedentes criminais. Até agora ninguém foi preso.

Cada vez pior

O índice de homicídios na cidade é cada vez mais preocupante. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o número considerado aceitável para um município do tamanho de Taubaté, seria de 28 mortes durante o ano inteiro.

Mas, apenas desde o início do ano até agora, 32 pessoas já foram assassinadas. "Eu não quero ver nenhum pai, nenhuma mãe chorando, passando o que estou passando, porque é uma falta irreparável mesmo, não tem jeito. Será que vai ter que matar o filho de uma autoridade para tomar providência?", questiona Durvalino Alves, pai de Chierre.


Fonte: VNews

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